O Solidariedade repudia qualquer tipo de preconceito e deseja o fim da intolerância. Independentemente da sua religião, sua cor, seu gênero, sua situação física ou suas origens, você merece respeito. E respeitar de volta quem é diferente é o mínimo que você pode fazer para tornar o mundo um lugar melhor para esta e as próximas gerações.
O Senhor deputado federal Aureo (Solidariedade/RJ) pronuncia o seguinte discurso em 18/04/2017.
Senhor Presidente; Senhoras e Senhores Deputados;
Senhores ouvintes da Rádio Câmara; Senhores Telespectadores da TV Câmara,
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar” Nelson Mandela.
Temos ouvido, ultimamente, muitas coisas ruins sobre preconceito, vindos inclusive de segmentos e indivíduos que, jamais, poderiam proferir tais absurdos.
Pensávamos que o Brasil já superara há muito e, que com a tecnologia, os laços ficariam mais fáceis de acontecer pois a barreira do espaço não existe.
A guerra religiosa na Síria, deixando vestígios de crueldade nos olhos e na vida de tantos. Gerando milhares de refugiados; os estupros coletivos na Índia; os atentados na Europa.
Ah, Senhoras e Senhores, mais no Brasil não temos preconceito! Somos um país onde as diferenças convivem bem. Não temos guerra por causa de religião. O Carnaval mostra a mistura de nossas raças; o homem brasileiro é protetor.
Não! Senhoras e Senhores! Estamos vivendo no Brasil a pior forma de preconceito: o velado. Fingimos que somos um país laico, que respeitamos todas as religiões e vemos pedras sendo jogadas de um lado para o outro; utilizamos o belo discurso que o Brasil é “bonito por natureza” , principalmente por nossa miscigenação, mas a internet mostra episódios cada mais numerosos de ódio, ao ponto de várias entidades serem obrigadas a veicularem anúncios contra o racismo; homenageamos os índios, mas o homem branco continua devastando as matas e os colocando em cercados cada vez menores; a homofobia provoca morte e dor entre tantas famílias!
Quanto às mulheres, a triste estatística mostra que 500 mulheres sofrem agressão física, por hora, no Brasil.
Uso a tribuna da Câmara, espaço democrático de nosso país, para dizer que me associo a dor de todos aqueles que sofreram e sofrem quaisquer tipos de preconceito, mas que essa luta não é dos negros, índios, cristãos, mulçumanos, ou qualquer forma de qualificação que queiram nos impor. É uma luta contra a separação entre irmãos.
Quero citar aqui o belo exemplo de trabalho, não só de repositório de nossa cultura, como também de desenvolvimento e inclusão social realizado pelo IDANNF – Instituto de Desenvolvimento Afro Norte e Noroeste Fluminense. Através da presidente, Sra. Lucimara, quero parabenizar e dizer que são esses exemplos que nos fazem acreditar que a luta contra o racismo não está perdida.
É o que tenho a dizer, Sr. Presidente, agradecendo a oportunidade e solicitando divulgação nos meios de comunicação da Câmara.