Além de garantir o sustento dos trabalhadores da cultura, a Lei Aldir Blanc também ajudou a democratizar o acesso aos investimentos em cultura em todo o país. Você sabe o que isso quer dizer na prática?
De acordo com um levantamento do Ministério do Turismo, antes da Lei Aldir Blanc, cerca de 75% dos municípios ficaram pelo menos 12 anos sem receber recursos do Governo Federal. O percentual representa mais de 4 mil cidades que nunca receberam incentivo federal para a cultura ou receberam há mais de uma década.
Além disso, democratizar os recursos para a cultura é garantir que a população das regiões mais afastadas tenha acesso a arte e lazer. Você que está lendo, certamente algum artista ou coletivo da sua cidade teve acesso a essa verba e isso possibilitou de alguma forma o desenvolvimento econômico da sua região. Seja pelos artistas que tiveram renda bem como pela venda de produtos e serviços em decorrência da realização do evento. Imagine se a realização desse tipo de atividade entrasse na rotina da sua cidade?
O que a Cultura tem a ver com o desenvolvimento econômico?
Quando eu falo em democratizar esses recursos, é sobre fazer com que eles cheguem justamente a esses lugares. A defesa da cultura vai além de defender a nossa arte, a nossa identidade e a nossa história. Lutar por mais investimentos para a área também é criar empregos e promover o desenvolvimento econômico do nosso país.
Afinal, a cultura é responsável por produzir 2,5% do PIB nacional, o que equivale a 170 bilhões de reais por ano, segundo a Firjan. Parece difícil imaginar que esse setor gera tantas riquezas assim, não é mesmo? Mas, se você parar para pensar que existe uma cadeia produtiva que envolve diversos profissionais e segmentos, você terá a real dimensão da grandeza desse mercado.
Essa riqueza cultural vai muito além das manifestações já famosas e conhecidas por todos nós, como o Carnaval e o samba. A nossa cultura, do interior do estado, das cidades pequenas, também precisa de atenção. As festas religiosas, típicas das cidades do interior, com suas feirinhas e comidas artesanais, a Folia de Reis, tradição que ainda é celebrada tanto na capital quanto em cidades como Bom Jardim e Vassouras, as exposições rurais, enfim, nosso estado tem uma cultura muito rica e que precisa ser preservada.
Quando a nossa cultura recebe investimento, todo mundo sai ganhando. Gerar empregos através da preservação e da nossa histórica é bom para o país. A cultura e a oportunidade andam de mãos dadas no nosso mandato.