Conhece alguém que perdeu emprego na pandemia? Ninguém estava preparado para enfrentar uma quarentena. Ainda mais quando vimos os problemas se agravarem com todas as dificuldades impostas pela crise. Se um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento do país era o desemprego, imagina com a crise.
Para você ter ideia, a taxa média anual de desemprego no Brasil foi de 13,5% em 2020, a maior já registrada desde o início da série histórica em 2012. Os dados foram divulgados hoje e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE.
Em contrapartida da perda do emprego, vimos um aumento de empreendedores no nosso país. O número de pessoas que buscam ter o próprio negócio cresceu e, em 2020, registrou 14,8%, na comparação com o mesmo período de 2019, chegando a 10,9 milhões de registros.
Empreendedorismo como saída?
Os pequenos negócios, frutos de empreendedorismo, são os responsáveis pela geração de renda de 70% dos brasileiros ocupados no setor privado. São considerados pelo IBGE como ocupados os empregadores, os trabalhadores por conta própria e familiares e os empregados, com ou sem carteira assinada.
De acordo com levantamento feito pelo Sebrae, 72 milhões de brasileiros que compõem esse grupo de pessoas, 50,6 milhões têm como origem das suas receitas os empreendimentos de pequeno porte.
Do total de pessoas que sobrevivem de um pequeno negócio, 26 milhões são empreendedores que empregam ou que trabalham por conta própria, sejam eles formais ou não. Os outros 24,7 milhões são trabalhadores com ou sem carteira assinada.
Dificuldades para empreender
Abrir o próprio negócio não é tarefa fácil. Com algumas dicas de quem já tem experiência, é possível se organizar melhor para não perder dinheiro.
Os desafios e dificuldades dos empreendedores não terminam quando a empresa abre as portas. Ao contrário. Ou seja, no dia a dia que a maior parte dos problemas aparece e cresce. E a falta de tempo para resolver é uma reclamação comum entre as pessoas que têm o próprio negócio.
Seja na gestão de pessoas, na carga tributária alta, na burocracia de abrir e fechar empresas, na falta de conhecimento específico para empreender, as dificuldades vêm para desestimular que o empreendedorismo cresça, de forma efetiva, no Brasil.
Portanto, nossa preocupação em valorizar o empreendedorismo não é de agora. Com a perspectiva de retomar a economia brasileira e fomentar a geração de emprego e renda, o empreendedorismo precisa ser incentivado.
Com trabalho, a pessoa passa a ter renda e a consumir, movimentando a roda da economia e é basicamente essa engrenagem que faz um país crescer.