O que já era um problema crônico no nosso país, agora se intensificou com a pandemia. A evasão escolar ocorre quando um estudante deixa de frequentar a escola e, assim, fica caracterizado como abandono escolar.
Nossa educação pública já enfrenta esse problema há anos. Por exemplo, em 2018, o IBGE divulgou que 11,8% dos jovens entre 15 e 17 anos, o que equivale a 1,1 milhão de pessoas, estavam fora da escola.
Imagina com a pandemia?! No ano passado, cerca de 5,5 milhões de crianças e adolescentes ficaram sem acesso à educação. Segundo dados compilados pela Unicef, a quantidade de alunos, com idades entre 6 e 17 anos, que abandonaram as instituições de ensino foi de 1,38 milhão – o que representa 3,8% dos estudantes.
Além disso, ainda há os alunos que não receberam nenhuma atividade escolar. Foram cerca de 4,12 milhões de alunos (11,2%) que, mesmo matriculados e sem estar em período de férias, não tiveram acesso ao conteúdo escolar. Ou seja, outro reflexo causado pela dificuldade do acesso às aulas online.
Retorno das escolas: como será a educação pós-pandemia?
De acordo com o relatório “Enfrentamento da cultura do fracasso escolar”, divulgado pela Unicef, o perfil das crianças e adolescentes que mais sofreram com a ausência das atividades escolares foi de muitas vezes pessoas negras e indígenas ou estudantes com deficiências.
Se antes da pandemia, a evasão escolar de pessoas com deficiência já era um desafio para a educação pública, com a pandemia os casos só aumentaram. E o que fazer para combater essa evasão escolar? Qual será o futuro desses jovens?