Investimento em educação: Aureo Ribeiro alerta para baixa eficiência dos gastos no Brasil

Apesar de destinar uma fatia expressiva do PIB para a educação, o Brasil ainda enfrenta um enorme desafio: transformar investimento em qualidade para professores, alunos e o futuro do país

O investimento em educação no Brasil voltou ao centro do debate após o deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) chamar atenção para um dado que, à primeira vista, pode parecer motivo de comemoração: o país destina 4,3% do seu PIB ao setor, percentual maior que a média de 3,6% entre os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Porém, como destacou o parlamentar, mesmo com números expressivos, os resultados ainda estão longe do ideal.

No entanto, segundo o parlamentar, a realidade por trás dos números revela um cenário bem diferente do ideal. Mesmo destinando uma fatia representativa de seus recursos ao setor, o país ainda apresenta resultados muito abaixo do esperado.

Investimento alto, retorno baixo

O principal motivo é que o investimento se dilui diante da enorme dimensão da rede de ensino brasileira, que atende mais de 50 milhões de alunos. Como resultado, o gasto médio por estudante no ensino básico cai para cerca de US$ 3.872 ao ano, valor que deixa o Brasil entre os últimos colocados em comparação com outros países analisados.

Enquanto isso, nações como Suíça, Coreia do Sul e Luxemburgo chegam a investir mais de US$ 21 mil por aluno, o que demonstra um abismo significativo na capacidade de transformar recursos em qualidade de aprendizado.

Professores desvalorizados, investir melhor, retorno baixo, foram alguns apontamentos de Aureo Ribeiro

Ensino superior enfrenta outro desafio

Embora o investimento por aluno no ensino superior brasileiro seja semelhante ao de países da OCDE – cerca de US$ 15 mil ao ano, o problema aqui é outro: a permanência dos estudantes.

Dados recentes mostram que:

25% dos universitários abandonam o curso já no primeiro ano;

apenas 24% dos jovens concluem a graduação;

menos de 1% dos brasileiros chegam ao mestrado.

Para Aureo Ribeiro, isso mostra que não basta abrir vagas, é preciso garantir condições para que os estudantes permaneçam e concluam seus estudos.

Professores desvalorizados

Outro ponto crítico destacado pelo deputado é a situação dos profissionais da educação. Um professor brasileiro do ensino fundamental recebe, em média, menos de US$ 25 mil por ano, enquanto a média da OCDE supera US$ 47 mil.

Além disso, apenas 1% dos docentes dessa etapa possuem mestrado, contra 34% nos países desenvolvidos. Essa defasagem impacta diretamente a qualidade do ensino, formando um ciclo que precisa ser rompido.

Investir melhor, não apenas investir mais

Diante desse cenário, Aureo Ribeiro defende que o Brasil precisa requalificar sua aplicação orçamentária, assegurando que cada centavo investido se traduza em resultados concretos para alunos, professores e para o futuro do país.

Não basta investir mais. É preciso investir melhor. A educação precisa transformar recursos em qualidade, inovação e oportunidade. Sem isso, não preparamos nosso jovem para o mercado e não garantimos o desenvolvimento que o Brasil merece”, afirmou.

O deputado reforça que melhorias estruturais, valorização docente, políticas de permanência e melhor distribuição de recursos são fundamentais para que o país transforme seu potencial em resultados reais.

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