O deputado Aureo apresentou no mês de abril, o projeto de lei 10074/2018 que proíbe a venda e a comercialização de narguilé e produtos fumígenos a crianças e adolescentes. O PL melhora medidas similares já propostas em estados como São Paulo.
Como explicar a febre do narguilé no Brasil?

Já virou corriqueiro encontrar em muitos bares espalhados por todo o país o aluguel de narguilés, que são uma espécie de cachimbo e a origem de sua fumaça é a água. Existem diversos tipos e modelos, mas todos possuem a mesma finalidade: o uso de fumaça saborizada e carregada de nicotina, mesma substância encontrada nos cigarros convencionais.
“A desculpa para o uso do narguilé é a socialização, que acaba sendo um evento entre amigos. A realidade oculta por trás das “sessões de fumaça” é muito prejudicial e não podemos deixar esta moda pegar”, defende o deputado Aureo.
Qual o prejuízo o narguilé traz à saúde?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma hora de sessão de narguilé equivale a fumar cem cigarros comuns. As sessões, como são chamadas as reuniões com o intuito de fazer o uso do narguilé, são extensas e expõem os participantes de forma ativa e passiva. E o perigo não para por aí. As mangueiras que são usadas para a sucção da fumaça, passam de boca em boca sem higienização alguma, sendo um potencial vetor de transmissão de doenças como hepatite, herpes e até mesmo a tuberculose.
Como funciona a comercialização deste produto atualmente?
A fiscalização ainda é pequena e as tabacarias, estabelecimentos que podem fornecer esses produtos, também seguem sem uma diretriz sobre o tema. O projeto é muito importante para trazer conscientização sobre os riscos do uso do narguilé e evitar que menos de 18 anos tenham acesso a ele.
O projeto já foi apresentado e aguarda aprovação na Comissão de Seguridade Social e Família.