Os problemas para quem quer ter acesso ao Fundo de Incentivo à Educação Superior (FIES) são uma preocupação do Deputado Federal Aureo Ribeiro, e foram alvo de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, para debater melhorias para quem quer ingressar em uma universidade particular. Os diversos problemas no acesso ao FIES levaram o governo a prorrogar por duas vezes o prazo de conclusão do processo, que terminou no dia 10 de maio.
FIES é alvo de audiência pública
A audiência foi uma solicitação do deputado Aureo Ribeiro, que cobrou esclarecimentos do Ministério da Educação, do Ministério da Economia e também da Caixa Econômica Federal. O parlamentar afirmou que vai elaborar uma ‘Proposta de Fiscalização e Controle’ para investigar os problemas com o fundo.
“Encontramos diversas falhas no sistema. Queremos entender o que está acontecendo e as dificuldades que eles encontram na Caixa Econômica para pagar o boleto”, disse.
Para o deputado federal Aureo Ribeiro o FIES precisa ser desburocratizado
Para o parlamentar, as regras de conferência das informações do estudante tornam mais difícil obter um financiamento do que abrir uma empresa no Brasil.
“Para montar uma empresa basta uma declaração com contador e advogado; por que não funciona no FIES?”, questionou.
Problemas são inúmeros
Das 100 mil vagas do Fies ofertadas neste ano, 45 mil foram preenchidas. No primeiro semestre de 2018, foram preenchidas 44,7 mil vagas e houve um total de 82,5 mil contratos de financiamento ao longo do ano.
A Associação Nacional das Universidades Particulares (ANUP) atribuiu o baixo número de alunos inscritos em universidades por meio do Fundo de Incentivo à Educação Superior (FIES) à burocracia e à instabilidade do sistema de inscrições.
“O fato de termos tão poucas contratações não é porque não tem interessados. É porque, além de o sistema desestimular, ele também não faz a leitura correta”,
disse a presidente da ANUP, Elizabeth Guedes.
Governo se defende
O coordenador-geral de Suporte Operacional ao Financiamento Estudantil do Ministério da Educação, Flavio Carlos Pereira, os problemas de integração do sistema do MEC com os bancos financiadores ocorreram até o meio de março, mas já foram resolvidos. “Isso impedia que os estudantes fossem ao banco para contratar o financiamento. As operações ficavam retidas conosco. Mas isso foi superado. O que a gente tem agora é o fluxo normal”, afirmou. Pereira afirmou que o sistema é “robusto” e que agora o FIES entrou em um “voo de cruzeiro”.