Primeiramente, você sabe o que é ‘poder de compra’? Quando você trabalha, você, automaticamente, gera renda. Com isso, você vai movimentar a economia a partir do momento em que usa seu dinheiro para pagar contas e comprar qualquer coisa.
Ou seja, o poder de compra é um fator muito importante quando a gente analisa a nossa economia. Com ele, é possível avaliar como a inflação, por exemplo, afetou na sua renda.
E, provavelmente você viu que muito por conta do aumento da energia elétrica, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – ficou em 0,83% em maio, 0,52 ponto percentual acima da taxa de 0,31% registrada em abril, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o IBGE, foi o maior resultado para um mês de maio desde 1996 (1,22%). O acumulado no ano foi de 3,22%, e o dos últimos 12 meses, de 8,06%, acima dos 6,76% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. O que reflete diretamente no seu poder de compra, na sua moradia, nas contas que você paga, nos alimentos que consome…
Portanto, economicamente, o poder de compra é a capacidade de adquirir alguma coisa com determinada quantidade de dinheiro. Esse fator é usado frequentemente para comparar a quantidade de determinado item que era comprado antes com, por exemplo, 10 reais, e quantos do mesmo item são comprados hoje com ‘X’ reais.
Sua lista de compras no mercado cada vez menor
Você é do tipo de pessoa que quando vai ao mercado leva uma lista com as coisas que precisa comprar? Independente do modo como você se organiza com suas compras, certamente você percebeu que hoje você precisa escolher o que comprar, optar pela marca mais barata e cortar até alguns itens que você julga não tão essenciais assim.
Para você ter ideia, sem aumento real, o salário mínimo tem o menor poder de compra para alimentos desde 2005. De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os preços dos alimentos acumularam aumento de 14,09% em 2020.
Proposta para auxílio voltar a ser de 600 reais
Um levantamento divulgado pelo Dieese mostrou que houve aumento do valor da cesta básica em 17 capitais pesquisadas no país, tendo como um dos grandes vilões da inflação o arroz. Pressionado pela alta do dólar, o arroz aumentou o custo de produção e elevou o volume de grão exportado.
Carne, leite, batata, açúcar e farinha foram outros produtos que pesaram no bolso do consumidor no ano que passou. Entre os alimentos que mais aumentaram os preços, o óleo de soja (103,79%) e o arroz (76,01%) foram dois que dispararam, assim como o leite longa vida (26,93%), as frutas (25,40%), as carnes (17,97%), a batata-inglesa (67,27%) e o tomate (52,76%).
Infelizmente, os efeitos da inflação não são iguais para toda a população e os gastos com alimentação acabam pesando mais para as classes de renda mais baixa, já que grande parte do orçamento é gasta com alimentos.